jueves, 5 de febrero de 2015

Jara Arrais: Loco por ti, América


El músico brasileño se presentó en Buenos Aires. Su generoso concierto matizó clásicos de la música de su país con populares canciones hispanoamericanas

O músico brasileiro ofereceu um concerto em Buenos Aires.  Sua generosa apresentação permitiu desfrutar os clássicos da música de seu país e canções populares hispano-americanas.

 
 

Recital de Jara Arrais

Centro Cultural “Mordisquito”

Pasaje Enrique Santos Discépolo 1830

Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Argentina

Miércoles 28 de enero de 2015

Quarta- feira, 28 de janeiro, 2015

 

Jara Arrais, nacido en  São Paulo, se ha vinculado a la música siendo muy joven. Su interés por esta expresión artística no se ha limitado a la riqueza de su propio país, sino que se ha ampliado al repertorio de canciones de la América de habla hispana. En el año 2000 Jara se incorporó al conjunto Raíces de América, formado a finales de los años 70 por músicos bolivianos, argentinos, brasileños y chilenos interesados en dar a conocer las creaciones surgidas bajo el alero de la Nueva Canción.

Jara Arrais nascéu em São Paulo. Sendo muito jovem, ele teve paixão pela música; seu interesse por esta expressão artística não se limitou à riqueza do seu próprio país, mas foi estendido para o vasto repertório de músicas da América de língua espanhola. A partir do ano 2000 Jara integra o grupo Raíces de América, formado no final da década de 1970 por músicos bolivianos ,argentinos, brasileiros e chilenos interessados em apresentar as criações que surgiram sob a égide da Nova Canção.

 
Jara Arrais
 
 

En esta oportunidad, Jara está acompañado en percusiones por Diego Gandolfo, quien brindará un aporte muy especial a la trova interpretada por el músico paulista. Y es precisamente una canción dedicada a esa enorme ciudad la que da comienzo al recital: Sampa, del gran Caetano Veloso:

 Alguma coisa acontece no meu coração

 Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

 É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi

 Da dura poesia concreta de tuas esquinas

 Da deselegância discreta de tuas meninas

(Algo sucede en  mi corazón

Sólo cuando cruza la calle Ipiranga y la Avenida São João

Es que cuando llegué aquí nada entendí

De la dura poesía concreta de tus esquinas

De la deselegancia discreta de tus muchachas)

 

Nesta ocasião, Jara é acompanhado pela percussão de Diego Gandolfo, que dará uma contribuição muito especial para a trova executada pelo músico paulistano. E é precisamente uma canção dedicada a essa grande cidade que arranca o concerto: Sampa, do grande Caetano Veloso:

Alguma coisa acontece no meu coração

 Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

 É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi

 Da dura poesia concreta de tuas esquinas

 Da deselegância discreta de tuas meninas

 
 
Diego Gandolfo
 
 
 

La segunda pieza es Divagando, tema instrumental de Domingos Semenzato (1880? – 1940?)un chorinho que se reconoce como origen del samba. Le siguen dos difundidas composiciones de la Nueva Trova cubana: Pobre del cantor, del bayamés Pablo Milanés, y la hermosa e intensa obra de Silvio Rodríguez La maza, que puede apreciarse en el video siguiente.

A segunda obra é Divagando, tema instrumental de Domingos Semenzato    (1880?-1940?) um chorinho que é reconhecido como a origem do samba. Ele é seguido por duas composições da Nueva Trova cubana: Pobre del cantor, de Pablo Milanés e a bela e intensa canção La maza, que você pode ver no vídeo abaixo.
 
 
 

Video: La maza

 

Vinícius de Moraes (1913 -1980) y Antônio Carlos Jobim (1927 -1994) son autores de grandes éxitos, como Insensatez y Chega de saudade. Son creaciones del género bossa nova que dieron la vuelta al mundo en las voces y guitarras de sus creadores y de infinidad de intérpretes. Las versiones de Jara Arrais conservan esa rara mixtura de nostalgia y alegría propias de ese género. Por otra parte, su dicción en español en general es correcta; alguna palabra pronunciada de manera diferente forma parte de la simpatía del artista, de quien apreciamos su versatilidad en los diferentes ritmos de nuestro continente.

Vinícius de Moraes (1913-1980) e Antônio Carlos Jobim (1927-1994) são autores de grandes sucessos, como  Insensatez e Chega de saudade. São criações do gênero bossa nova que foram conhecidas no mundo inteiro em vozes e guitarras de seus criadores e d’um número infinito de intérpretes. As versões do Jara Arrais preservam essa rara mistura de nostalgia e alegria típica do gênero. Por outro lado, sua dicção em espanhol é, em geral,  correta; qualquer palavra pronunciada de forma diferente faz parte da simpatia do artista, a quem agradecemos sua versatilidade em diferentes ritmos do nosso continente.

Dos grandes clásicos argentinos son vertidos con profundo sentimiento y respeto: Luna tucumana (Atahualpa Yupanqui) y Si se calla el cantor (Horacio Guarany). La recordada cantora Mercedes Sosa tiene mucho que ver en la elección de este repertorio ecléctico: su relación con Brasil y sus músicos ha quedado plasmada en múltiples registros. El grupo Raíces de América (y posteriormente Jara Arrais) ha sentido fuertemente su influencia, al punto que la Negra amadrinara oportunamente al conjunto paulista.

Dois clássicos argentinos são interpretados com respeito e sentimento profundo: Luna tucumana (Atahualpa Yupanqui) e Si se calla el cantor (Horacio Guarany). A inesquecível cantora  Mercedes Sosa está intimamente ligada na escolha de tal repertório: a sua relação com o Brasil e seus músicos foi registrada em várias ocasiões. O conjunto Raíces de América (e depois o Jara Arrais) tem sido fortemente influenciado pela “Negra” a tal ponto que ela tem sido a madrinha do grupo paulistano.
 
 

 
 
 

La milonga no es ajena al arte de Jara, quien se atreve con Los hermanos, de Atahualpa Yupanqui. La  Zamba por vos, de Alfredo Zitarrosa, constituye otro de los aciertos del repertorio de esta noche. Este primer segmento finaliza con O mundo é um moinho, composición de Cartola (Angenor de Oliveira, 1908 -1980), considerado el mayor sambista en la historia brasileña. El audiovisual ofrecido a continuación permite apreciar esta versión.

A milonga não é estranha à arte de Jara, que “ousa” cantar Los hermanos, de Atahualpa Yupanqui. A Zamba por vos, de Alfredo Zitarrosa, é outro dos sucessos do repertorio desta noite. Este primeiro segmento termina com O mundo é um moinho, composição de Cartola (Angenor de Oliveira, 1908-1980), considerado o maior sambista da história brasileira. O audiovisual oferecido a seguir permite apreciar esta versão.







 

Video: O mundo é um moinho


 
Llega el turno de los invitados. Diego cambia la pandereta y el bombo por la guitarra para acompañar a la joven y talentosa Elena Guarner a través de vibrantes interpretaciones. La cálida voz de Elena da nuevos coloridos a hermosas canciones como la tonada anónima Una pena nuevamente y el bolero Contigo en la distancia (César Portillo de la Luz). Jara se suma tocando el bombo en la sublime versión de la Zamba del laurel (Armando Tejada Gómez y Gustavo “Cuchi” Leguizamón), que compartimos a través de este registro.
 

 

Elena Guarner
 

 


É a vez dos convidados. Diego mudou o bombo e o pandeiro pelo violão para acompanhar a jovem e talentosa Elena Guarner através de vibrantes  interpretações. A voz apaixonada da Elena dá novas “cores” à belas canções como a tonada anônima Una pena nuevamente e o bolero Contigo en la distancia (César Portillo de la Luz). Jara junta-se a tocar o bombo na versão sublime da Zamba del laurel (Armando Tejada Gómez e Gustavo "Cuchi" Leguizamón), que compartilhamos através deste registro.

 

 

 
Video: Zamba del laurel
 
 
 
Tras un breve intervalo, Jara Arrais se presenta nuevamente en escena. El primer segmento está dedicado al cantautor chileno Víctor Jara (1932 -1973) quien hizo un aporte significativo al por entonces naciente movimiento de la Nueva Canción Chilena. Tres de sus obras más conocidas están presentes en la interpretación de Arrais: Te recuerdo, Amanda, El arado, que posee un interesante arreglo percutivo, y la intensa Plegaria a un labrador. En las canciones de Víctor podemos conocer desde aspectos íntimos de su vida hasta su visión de los cambios generados en la nación trasandina a través de la “vía chilena al socialismo” encarada por el gobierno de Salvador Allende. Su muerte a manos de las fuerzas represivas sembró su obra por el mundo,  legado de activa militancia y humanismo.
Após um breve intervalo, Jara Arrais surge novamente no cenário. O primeiro segmento é dedicado ao cantor chileno Víctor Jara (1932-1973) que fez uma contribuição significativa para o então nascente movimento da Nueva Canción Chilena. Três de suas canções mais conhecidas estão presentes na interpretação do Arrais: Te recuerdo,Amanda, El arado e a  intensa Plegaria a un labrador, que tem um interessante arranjo percussivo. Através das canções de Victor podemos saber de aspectos íntimos da sua vida e a sua visão das mudanças provocadas na nação trans-andina pela "vía chilena al socialismo", empreendida pelo governo de Salvador Allende. Sua morte nas mãos das forças repressivas plantou seu trabalho pelo mundo, legado do humanismo e da militância ativa.
 
 
 
Video: El arado
 
 
 
Esta parte del programa finaliza con la conocida zamba Piedra y camino, otro clásico de Héctor Roberto Chavero (1908 – 1992), uno de los más importantes cantautores argentinos. Conocido artísticamente bajo el seudónimo de Atahualpa Yupanqui, este creador ha dado a conocer importantes obras basadas en los diferentes ritmos de nuestro país.
Esta parte do programa termina com a famosa zamba Piedra y camino, outro clássico de Héctor Roberto Chavero (1908-1992), um dos mais importantes cantores-compositores argentinos. Artisticamente conhecido sob o pseudônimo de Atahualpa Yupanqui, o criador lançou importantes obras com base em diferentes ritmos de nosso país.
El ritmo de samba, uno de los más representativos de Brasil, vuelve a aflorar mediante las composiciones Estácio, Holly, Estácio  de Luiz Melodia (Luiz Carlos dos Santos, nacido en 1951) y Diz que fui por aí de Zé Keti (José Flores de Jesus)(1921-1999):
Se alguém perguntar por mim
 Diz que fui por aí
 Levando um violão / debaixo do braço
 Em qualquer esquina eu paro
 Em qualquer botequim eu entro
 E se houver motivo
 É mais um samba que eu faço
 Se quiserem saber / se volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
 Só depois que a saudade se afastar de mim



Otro de los grandes compositores de samba ha sido el carioca Noel Rosa (1910 -1937) quien a pesar de haber vivido sólo 26 años dejó una notable impronta. Ha escrito más de 250 composiciones, entre las que se destaca el samba humorístico Com que roupa? (1930) y Feitiço da Vila (1926) interpretadas con gracia por Jara.


 
O ritmo do samba, um dos mais representativos do Brasil, retorna para emergir pelas composições Estácio, Holly, Estácio de Luiz Melodia  (Luiz Carlos dos Santos, nascido em 1951) e Diz que eu fui para aí de Zé Keti (José Flores de Jesus)(1921-1999).
 
Outro dos grandes compositores de samba foi o carioca Noel Rosa (1910-1937), que apesar de ter vivido apenas 26 anos deixou uma marca notável. Ele tem escrito mais de 250 composições, que entre os quais se destaca o bem-humorado samba Com que roupa? (1930) e Feitiço da Vila (1926) interpretados graciosamente por Jara.


 
La parte final del recital es percibida como una “maratón de la canción”. El artista brasileño alterna canciones en portugués y en español en una larga sesión que incluye los títulos Matriz e filial (Lúcio Cardim), Ela disse-me assim (Lupicínio Rodrigues), La barca (Roberto Cantoral), Dos gardenias (Isolina Carrillo) y En el ingenio (Miguel Matamoros). A modo de bis Diego y Jara recrean El cuarto de Tula (Sergio Siaba), clásico de clásicos de la música cubana.
A parte final do recital é percebida como uma "maratona" da canção. O artista brasileiro alternan canções em português e em espanhol em uma longa sessão que inclui os títulos de Matriz e filial (Lúcio Cardim), Ela disse - me assim (Lupicínio Rodrigues),  La barca (Roberto Cantoral), Dos gardenias (Isolina Carrillo) e En el ingenio (Miguel Matamoros). Como bis Diego e Jara recriam El cuarto de Tula (Sergio Siaba), clássico dos clássicos da música cubana.
 
 
 
Agradecemos por su gentileza a Jara Arrais, Elena Guarner, Diego Gandolfo y el Centro Cultural Mordisquito.
 

 

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